Foto: Honório Barbosa/DN |
De acordo com o Diário do Nordeste, a aflição quanto a capacidade hídrica atual também é evidenciada pelo Relatório de Monitoramento das Secas no Brasil, apresentado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), na última semana, sobre os impactos no ano de 2018. "A constatação é dramática: ano a ano, o Castanhão míngua", alerta.
"O açude Castanhão, em janeiro de 2018, apresentou um volume armazenado de 2,64% de sua capacidade total, e, no fim da estação chuvosa (maio de 2018), atingiu seu maior nível, chegando a 8,7%. Porém, a partir do mês de maio, o volume armazenado no Castanhão foi diminuindo", descreve o Cemaden. Conforme o órgão nacional, as reservas hídricas "entraram em colapso", registrando "os menores valores de suas séries históricas".
Para o coordenador do Complexo do Castanhão, administrado pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), Fernando Pimentel, a situação é grave - e sem perspectivas de melhora a curto prazo.
"Atualmente, ele está com 270 milhões de metros cúbicos. Já estamos na cota 70, ou seja, a gente se encontra num volume morto, e a expectativa não é nada favorável pra ganharmos um novo aporte", declara o gestor. Mesmo abalado, o açude ainda espalha suas águas para Fortaleza e municípios vizinhos, além de contemplar populações ribeirinhas. Segundo Pimentel, um quadro chuvoso semelhante ao de 2018 poderia "nos garantir mais um ano de abastecimento".
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